Práticas empresariais e políticas de resignação: considerações sobre o pós-desastre causado pela Samarco na Bacia do Rio Doce

Dois grandes desastres envolvendo barragens de mineração atingiram o estado de Minas Gerais e provocaram diversos tipos de dano ao meio ambiente e às populações atingidas. Este texto busca observar as práticas empresariais efetivadas após o rompimento da barragem da empresa Samarco, na Bacia do Rio Doce. Nesse sentido realiza-se uma análise de ações no pós-desastre, a partir de um conjunto de três políticas: políticas de resignação, políticas de gestão do risco social e políticas de afetações. Destacam-se, assim, elementos relacionados às ações de negação do dano ou gestão das afetações e da crítica social realizadas pela empresa Samarco, como alguns elementos relacionados à extinta Fundação Renova, entidade criada por meio de um acordo para realizar os programas de reparação.