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“Somos atingidos todos os dias”: os efeitos dos desastres na comunidade de Paracatu de Baixo (MG).

O objetivo deste artigo é descrever como a vulnerabilidade das(os) atingidas(os) pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, foi intensificada com o rompimento da barragem B1, em Brumadinho. A partir de pesquisa de campo realizada com a comunidade de Paracatu de Baixo, verifiquei como a rotina foi alterada por outro desastre em Minas Gerais. Meu argumento é que mesmo a lama de rejeitos não alcançando o município de Mariana, os moradores foram perturbados novamente. Um desastre remete ao outro, na medida em que os moradores acionam a memória para compor narrativas do trauma. Seguindo os relatos das(os) atingidas(os) usados em minha etnografia, proponho uma ampliação da noção de “ser atingido”, considerando o tempo como eixo para pensar as transformações na rotina e os impedimentos das formas de viver. Concluo que a noção abrangente e contígua de atingido é fundamental na construção das lutas e das reivindicações das comunidades atingidas pela mineração.

“Somos atingidos todos os dias”: os efeitos dos desastres na comunidade de Paracatu de Baixo (MG).

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Metadados

Título

“Somos atingidos todos os dias”: os efeitos dos desastres na comunidade de Paracatu de Baixo (MG).

Miniatura

“Somos atingidos todos os dias”: os efeitos dos desastres na comunidade de Paracatu de Baixo (MG).

Tipo de Documento

Arquivo

Autor

Gabriela de Paula Marcurio

Ano de publicação

2021

Localização

Minas Gerais 

Idioma

Português

Tema

desastre ambiental, Memória, trauma

Palavras-chave

Desastre, Etnografia, Minas Gerais

Tipo de Dano

Pessoas e/ou Comunidades

Editor

Revista da Universidade Federal de Minas Gerais