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Minerodependência, prevenção, aprendizado: Entrevista com Pedro Jacobi

Minerodependência, prevenção, aprendizado: Entrevista com Pedro Jacobi

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O documento apresenta uma entrevista com Pedro Jacobi, um pesquisador e ativista ambiental, que discute sua trajetória acadêmica e seu envolvimento com questões ambientais e sociais no Brasil. Jacobi aborda temas como movimentos sociais urbanos, sustentabilidade, educação ambiental, gestão de resíduos sólidos e governança da água. Ele também analisa os impactos dos desastres ambientais em Mariana e Brumadinho, destacando a importância da prevenção e da mobilização social. A entrevista explora a necessidade de uma cultura de prevenção e a responsabilidade das empresas e do governo na gestão de riscos ambientais.

Por uma tecnologia crítica, reflexiva e engajada com o público

Por uma tecnologia crítica, reflexiva e engajada com o público

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O artigo discute o potencial do subprojeto "Com Rio Com Mar Opinião Popular" enquanto uma tecnologia social de governança participativa dos públicos atingidos pelo derramamento dos rejeitos da barragem do Fundão, que transbordou nos municípios e comunidades ribeirinhas do Estado do Espírito Santo. O artigo discute as relações entre pesquisadores e os públicos criados, associados, suportados ou estimulados pelo projeto, destacando questões metodológicas, epistemológicas e o potencial de encaixes institucionais entre sociedade civil e Estado. Argumenta-se que a Sociologia Pública e a pesquisa ação são caminhos importantes a seguir junto aos sujeitos atingidos pelo desastre. O artigo se vale de materiais produzidos nas interações com os atingidos, por meio etnográficas políticas e grupos focais durante as oficinas promovidas pelo projeto, que sugerem a necessidade de recriar a ferramenta de acordo com a realidade local.

Análise do desastre em Mariana através da classificação supervisionada de imagens de sensoriamento remoto

Análise do desastre em Mariana através da classificação supervisionada de imagens de sensoriamento remoto

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O artigo utiliza a técnica de Classificação Supervisionada de imagens de satélite para analisar as consequências do desastre ambiental ocorrido em 2015 em Mariana, Minas Gerais. Através de imagens de sensoriamento remoto, o estudo identifica e analisa as áreas afetadas pela lama de rejeitos, destacando o caminho percorrido pela lama e os impactos ambientais resultantes. O uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e do plugin Semi-Automatic Classification Plugin (SCP) no software QGIS permitiu uma análise detalhada e precisa das mudanças na superfície terrestre antes e depois do evento. O estudo evidencia a importância do monitoramento contínuo de barragens de rejeitos e a necessidade de manutenção e fiscalização rigorosas para evitar desastres semelhantes.

17º Conhecimento em Pauta – Tecnologias sociais inovadoras para recuperação de áreas degradadas pela mineração.

17º Conhecimento em Pauta – Tecnologias sociais inovadoras para recuperação de áreas degradadas pela mineração.

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Entrevista com a arquiteta e urbanista Marcela Aguiar Nogueira sobre o projeto “Tecnologias sociais inovadoras para recuperação de áreas degradadas pela mineração – Barragem de Fundão em Mariana/MG”. Nesta entrevista, Marcela Aguiar Nogueira apresenta os objetivos, a metodologia e os resultados de sua pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A pesquisa explora o uso de tecnologias sociais para o reaproveitamento de rejeitos de mineração, com foco na criação de alternativas sustentáveis para áreas degradadas. Marcela discute como essas tecnologias podem transformar rejeitos em materiais construtivos, como blocos e pavimentos, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico das comunidades afetadas pelo desastre de Mariana. A entrevista aborda a importância de caracterizar fisicamente e quimicamente os rejeitos, a aplicação prática das tecnologias em comunidades impactadas, como Antônio Pereira/MG, e a criação de Arranjos Produtivos Locais (APLs) para organizar a produção em pequena escala. Marcela também destaca os desafios enfrentados, como o preconceito contra o uso de rejeitos e a necessidade de engajamento das comunidades e apoio das prefeituras. A entrevista foi mediada por Maria Eugênia Salcedo, pesquisadora e consultora.

Cartilha “Abobe – Bloco de barro cru”

Cartilha “Abobe – Bloco de barro cru”

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Cartilha elaborada pelos membros do Projeto "Utilização sustentável do rejeito de barragem de minério de ferro para fabricação artesanal de tijolos de Adobe aplicados à construção civil (APQ-00185-19 FAPEMIG)".

16º Conhecimento em Pauta – Efeito da incorporação de material lignocelulósico e baba de cupim sintética nas propriedades do adobe.

16º Conhecimento em Pauta – Efeito da incorporação de material lignocelulósico e baba de cupim sintética nas propriedades do adobe.

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Entrevista com a professora e pesquisadora Júlia Naves Teixeira sobre o projeto "Aplicabilidade do rejeito de mineração para produção de materiais construtivos: Efeito da incorporação de material lignocelulósico e baba de cupim sintética nas propriedades do adobe." Nesta entrevista, a Dra. Julia Naves Teixeira pode demonstrar, em linhas gerais, os objetivos, a metodologia e os resultados do projeto, desenvolvido na Universidade Federal de Lavras/MG, com coordenação do professor e pesquisador Dr. Lourival Marin Mendes, com apoio da Fepemig e extinta Fundação Renova. O projeto apresentado avaliou o uso de rejeitos de mineração do desastre de Mariana (MG) na produção de adobes, combinando esses rejeitos com bagaço de cana e baba de cupim sintética para melhorar suas propriedades. O objetivo foi criar materiais de construção mais econômicos e sustentáveis, promovendo o reaproveitamento de resíduos industriais. Além disso, o projeto envolveu a comunidade local, oferecendo treinamentos para a produção dos adobes, gerando novas oportunidades de emprego e renda. O projeto também elaborou uma cartilha didática com a metodologia de construção do adobe. A entrevista contou com a mediação de Maria Eugênia Salcedo, mediadora, pesquisadora e consultora.

Relatório Final – Projeto Biogeoquímica, ecogenômica e ecotoxicologia em áreas de influência da foz do rio Doce (APQ-00183-19)

Relatório Final – Projeto Biogeoquímica, ecogenômica e ecotoxicologia em áreas de influência da foz do rio Doce (APQ-00183-19)

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Após cinco anos do rompimento da barragem de minério de ferro em Fundão, uma série de dados foi produzida através de redes de monitoramento e pesquisas independentes, no entanto questões como a amplitude das áreas afetadas, diferenciação entre rejeito e o material natural, impactos do rejeito sobre as comunidades biológicas, e os organismos mais sensíveis para o monitoramento ambiental à longo prazo, ainda são incertas. O presente estudo visa avaliar o impacto do rejeito em áreas afetadas da Bacia do Rio Doce através de indicadores biogeoquímicos (concentração de metais, composição isotópica, mineralogia) e de comunidades biológicas (microbiomas, bentos e peixes) e ensaios ecotoxicológicos como ferramentas de monitoramento. O emprego da mineralogia e composição isotópica e elementar auxiliará no entendimento da natureza biogênica ou antropogênica da matéria orgânica em suspensão (particulada e dissolvida) e sedimentos, e assim na discriminação das áreas afetadas pelo rejeito. O presente trabalho contribuirá para (1) expansão do conhecimento sobre os impactos do rejeito nas áreas da foz do Rio Doce, inclusive nos recifes de Abrolhos, (2) determinação da qualidade do pescado, o que poderá direcionar a liberação de áreas pesqueiras da região, (3) ampliação de uso de ensaios toxicológicos no monitoramento ambiental à longo prazo, (4) ampliação do bancos de dados com o DNA ambiental (metagenomas) de amostras de água dulcícolas e marinhas e (5) ampliação do banco de dados sobre a biodiversidade marinha. Esses dados auxiliarão na tomada de decisões para o manejo e recuperação de áreas afetadas da Bacia do Rio Doce.

15º Conhecimento em Pauta – Biogeoquímica, ecogenômica e ecotoxicologia em áreas com influência da foz do rio Doce.

15º Conhecimento em Pauta – Biogeoquímica, ecogenômica e ecotoxicologia em áreas com influência da foz do rio Doce.

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Entrevista com a professora e pesquisadora Dra. Cristiane dos Santos Vergílio que apresentou o projeto "Biogeoquímica, ecogenômica e ecotoxicologia em áreas com influência da foz do rio Doce." Nesta entrevista, a professora Dra. Cristiane pode demonstrar, em linhas gerais, a metodologia, os objetivos e os resultados do projeto, desenvolvido com apoio da Fapemig, Fapes e extinta Fundação Renova. O projeto possui como objetivo geral avaliar o impacto dos rejeitos de minério de ferro em áreas dulcícolas e marinhas afetadas da Bacia do rio Doce, através da biogeoquímica e de indicadores biológicos, utilizando comunidades biológicas (microbiomas, bentos e peixes) e ensaios ecotoxicológicos, como ferramentas de monitoramento. De forma geral, a proposta visa avaliar a qualidade da água e do sedimento do rio Doce após seis anos do rompimento da barragem de Fundão, correlacionando com eventuais efeitos em indicadores biológicos. O projeto foi coordenado pela referida pesquisadora entrevistada através da Universidade Federal do Espírito Santo e pelo pesquisador Dr. Carlos Eduardo de Rezende, do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. O projeto também contou com outros colaboradores/pesquisadores das UFES, UENF, Instituto Lamir, UFRJ, USP. A entrevista contou com a mediação de Maria Eugênia Salcedo, mediadora, pesquisadora e consultora.

Desastre na Bacia do Rio Doce: desafios para universidades e para instituições estatais

Desastre na Bacia do Rio Doce: desafios para universidades e para instituições estatais

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O presente livro apresenta reflexões de vários atores que se envolveram, de diferentes maneiras, na tarefa de acompanhar, compreender e buscar reparação para o desastre causado pelo crime socioambiental da mineradora Samarco, em Mariana/MG, Rio Doce e a costa litorânea do Espírito Santo. Dentre os temas abordados no livro, estão aspectos relativos aos efeitos socioambientais do desastre levando-se em conta a perspectiva das comunidades atingidas, ao longo de 2 anos de desastre. O objetivo central desta obra é apresentar ao público em geral e aos próprios atingidos um balanço acerca das reivindicações e processos institucionais em curso, além de provocar reflexões e autor-reflexões sobre a atuação da universidade, da ciência e de instituições de justiça.

Processos comunicacionais na construção da cidadania dos atingidos por barragens de Mariana/MG e Brumadinho/MG: o crime socioambiental sob o ponto de vista dos sujeitos comunicantes na construção da cidadania.

Processos comunicacionais na construção da cidadania dos atingidos por barragens de Mariana/MG e Brumadinho/MG: o crime socioambiental sob o ponto de vista dos sujeitos comunicantes na construção da cidadania.

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A tese apresenta como objetivo geral (re) construir com os atingidos os processos comunicacionais nos discursos produzidos pelos sujeitos comunicantes em articulação com suas ações políticas, sociais, culturais, jurídicas e ambientais nas multidimensionalidades e na construção da cidadania. Propomos um deslocamento do conceito de cidadania além do texto constitucional de 1988. Nossa escolha justifica-se devido à necessidade, nas sociedades pós-industriais, de acender entre seus membros um tipo de identidade em que eles se reconheçam, superando assim a falta de adesão de que eles padecem (CORTINA, 2005). Assim sendo, a cidadania deve ser analisada e interpretada, ao longo da história em sua conformação social, econômica, civil e intercultural, para a partir desse ponto compreendermos os processos comunicacionais que perpassam pelos atingidos por barragens. Dito isso, o corpus de análise compreendeu as notícias do portal online Folha de São Paulo, Estado de Minas, BBC Brasil, Brasil de Fato, A Sirene, jornal laboratório Lampião, a revista laboratório Curinga, os sites da extinta Fundação Renova e da mineradora Vale S.A., além das fanpages da Samarco e da comunidade EU LUTO Brumadinho vive sobre os rompimentos tanto da barragem de Fundão em Mariana/MG quanto o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão em Brumadinho/MG. Para tanto, recorremos a autores do campo da Comunicação (SILVERSTONE, 2002; MARTÍN-BARBERO, 2001; GIDDENS, 1997; VERÓN, 2005, TRAQUINA, 2005; PERUZZO, 2007; HENN, 2010; MALDONADO 2002, 2006, 2008), enquanto para a análise do discurso nos valemos de (FAIRCLOUGH, 2001) e para a análise de conteúdo (BARDIN, 2008). Destacam-se, o uso excessivo das fontes de autoridade, conexo a espetacularização e o discurso sobre a necessidade econômica do setor mineral para Minas Gerais; o silenciamento de outras vozes e à frivolidade da cobertura midiática ao tratar dos atingidos, sem abalroamento do enredamento de acontecimentos críticos que abarcam justiça socioambiental. Enquanto nos itinerários de campo, acompanhamos por três anos o cotidiano das comunidades atingidas, in loco, além de participar de feiras de saúde e reuniões entre atingidos, registradas em diário de campo. Para tanto toda a pesquisa foi permeada pelo estudo transmetodológico (MALDONADO, 2013; 2019) em que contextos micro e macro se trespassam e se inter-relacionam para articular os eixos que percorrem a pesquisa (sujeitos comunicantes, cidadanias, discursos midiáticos, movimentos socio comunicacionais e biosfera). Logo, a pesquisa tem encaminhamentos distintos quanto aos resultados alcançados. Nessa acepção, a análise de discurso realizada solidifica a percepção de que, hodiernamente, não mais se pode aferir a atuação de uma empresa sem considerar as implicações de sua atividade sobre a sociedade e seu meio, sequer desconhecer as responsabilidades que tocam à corporação nesse sentido. Tampouco, os aspectos sociológicos e as dimensões não econômicas da responsabilidade social e sustentabilidade representam perdas para os atingidos que não podem ser pecuniariamente contabilizadas, pois foram perdas de direitos, redução nos modos de vida, danos humanos, sociais e ambientais imensuráveis. Portanto, é razoável expor que os rompimentos das barragens tanto em Mariana/MG quanto em Brumadinho/MG, evidenciam-se como a natureza tornou-se um álibi na produção capitalista caracterizando-os como dois crimes corporativos.

Paisagem no Vale do Rio Doce: consequências do desastre ambiental.

Paisagem no Vale do Rio Doce: consequências do desastre ambiental.

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Em 05 de novembro de 2015 ocorreu um acidente ambiental com o derramamento de rejeitos de mineração ao longo do curso do Rio Doce, numa extensão que percorre aproximadamente 43 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, provocando enormes perdas ambientais, sociais e econômicas que afetaram a vida dos habitantes dessa região. Esse desastre ambiental ocorreu à 2,8 quilômetros do distrito de Bento Rodrigues no município de Mariana/MG, devido ao rompimento da barragem de Fundão da empresa Samarco. Como as consequências ainda não foram totalmente dimensionadas, esta pesquisa teve como objetivo realizar uma investigação preliminar sobre as implicações urbanas deste desastre ambiental, verificando as vulnerabilidades que este tipo de acidente promove, bem como os impactos socioeconômicos. A análise teve como base o mapeamento geral do vale, o levantamento populacional, de parte do patrimônio Histórico e Ambiental, a comparação do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) dos núcleos urbanos atingidos e, a identificação das mesorregiões e microrregiões abrangidas, estudando a paisagem antes e depois do desastre nas cidades abastecidas pelo rio. Após análise regional concentrou-se de maneira mais detalhada nos municípios de Barra Longa (MG), Mariana (MG) e Governador Valadares (MG), eleitos como casos típicos, porém sem perder a articulação com o restante do vale.

Muito mais do que doce: as relações socioecológicas como formas de resistência/resiliência no rio Doce, Governador Valadares (MG), Brasil.

Muito mais do que doce: as relações socioecológicas como formas de resistência/resiliência no rio Doce, Governador Valadares (MG), Brasil.

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Ao falarmos de rios contemplamos fluxos de águas, transporte de sedimento, transformação da paisagem, e especialmente como diferentes populações humanas se utilizam dele para agricultura, indústria, lazer, sociabilidade, banho, etc. O intuito do presente artigo é avançar no debate sobre as relações entre sociedades humanas e rios, tendo em vista aspectos econômicos, culturais e ambientais destas relações sociais e ecológicas. A partir da história ambiental da região de Governador Valadares (Brasil) junto ao rio Doce, compreendemos que as relações socioecológicas foram contempladas pelas interações materiais e energéticas num dado local, onde os fluxos circulam e atuam de maneira distinta na transformação dos ambientes fluviais. Na escala do local, tais relações são permeadas pela materialidade dos processos biofísicos e pelos aspectos simbólicos das culturas, expressas em diferentes formas de pescar, nos banhos de rio, na irrigação, etc. O histórico de transformação das paisagens ribeirinhas no rio Doce pelo desmatamento, mineração e urbanização modificou as interações entre os grupos sociais e o rio. Conclui-se que algumas práticas e conflitos de grupos distintos locais soçobraram, enquanto outras persistiram ao longo do tempo. Sendo assim, compreendemos que a diversidade das relações socioecológicas seriam formas de resistência local contra as forças hegemônicas globalizantes do capitalismo.